PARA OS QUE VIRÃO.
Como sei pouco, e sou pouco,
Faço o pouco que me cabe
Me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
O homem que quero ser.
Para não enganar a ninguém:
Principalmente aos que sofrem
Na própria vida, a garra
Da opressão,e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
No meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
Para quem já a primeira
E desolada pessoa
Do singular-foi deixando,
Devagar, sofridamente
De ser, para transformar-se
-muito mais sofridamente-
Na primeira e profunda pessoa
Do plural.
De avançar de mão dada
Com quem vai no mesmo rumo,
Mesmo que longe ainda esteja
De aprender a conjugar o verbo amar.
É tempo sobretudo
De deixar de ser apenas
A solitária vanguarda de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir rumo.
Os que virão, serão povo,
E saber serão, lutando.
Caríssima amiga:
ResponderExcluirAdorei seu blog. A charge é um brilhante retrato local e a poesia, encantadora. Saiba que sou sua fã, viu? Parabéns!!! Um grande abraço. Roberta
Saiba que a recíproca é inteiramente verdadeira. Quero muito contar com a sua participação e sugestões brilhantes...
ResponderExcluirAbraço forte ! Érica Joyce